O que eu mais queria agora
Era o frio.
Pra poder dormir como se deve:
Enrolado no edredom.
Ou pelo menos um ventilador que funcione
E não me faça ter que dormir de janela aberta,
entregue aos pernilongos.
Queria ser mais organizado.
Não gastar dinheiro à toa.
Me alimentar direito.
E fazer as coisas antes do prazo limite.
Mas, se assim fosse, não seria eu.
E aí, qual seria a graça?
terça-feira, 23 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Ode ao [kʼ]
casa quatis
caqui caçada
coma quartas
quero cachaça
quiabo quadril
conta casamento
quitar coral carmo
começar canto carta
continuar quente
queimada cáqui
quociente corta
quimera costas
caco comida
coisa quadrado
criação quântico que
comer quintal coito
caqui caçada
coma quartas
quero cachaça
quiabo quadril
conta casamento
quitar coral carmo
começar canto carta
continuar quente
queimada cáqui
quociente corta
quimera costas
caco comida
coisa quadrado
criação quântico que
comer quintal coito
sábado, 13 de outubro de 2012
O Luzeiro da Noite
Foram feitos dois grandes luzeiros no Céu.
Um maior para reinar o Dia
E um menor para reinar a Noite.
Mas, o menor insiste em, por vezes, dar as caras durante o domínio do maior.
Certa noite, o menor brilhou tanto que chegou a ofuscar algumas estrelas que o cercavam.
Revestiu a terra e os mares de prateado.
Fez desnecessários os pequenos luzeiros que a ciência dos homens desenvolveu.
Fazia uma sombra curta e dura sob os pés de quem passasse sob ele por volta da metade do seu período de domínio.
Naquela noite, reinou soberano.
E fez os homens ficarem estupefatos e tentarem fazer registros eletrônicos de sua grandeza.
E assim o fizeram para mostrar a quem quisesse ver, todo o esplendor do Luzeiro Menor.
E para lembrar os homens de sua pequenez.
Da imensa distância que estão daquilo que sempre os fascinou.
Distância maior ainda da compreensão da magnitude e do propósito da vida e tudo que os cerca.
Mas naquela noite, não pensavam em mais nada, a não ser na beleza estonteante do Luzeiro, a nossa querida Irmã Lua, que se deixa ver sem ferir os olhos e ilumina com majestoso brilho.
Quem viu, jamais esquece e dá testemunho.
Um maior para reinar o Dia
E um menor para reinar a Noite.
Mas, o menor insiste em, por vezes, dar as caras durante o domínio do maior.
Certa noite, o menor brilhou tanto que chegou a ofuscar algumas estrelas que o cercavam.
Revestiu a terra e os mares de prateado.
Fez desnecessários os pequenos luzeiros que a ciência dos homens desenvolveu.
Fazia uma sombra curta e dura sob os pés de quem passasse sob ele por volta da metade do seu período de domínio.
Naquela noite, reinou soberano.
E fez os homens ficarem estupefatos e tentarem fazer registros eletrônicos de sua grandeza.
E assim o fizeram para mostrar a quem quisesse ver, todo o esplendor do Luzeiro Menor.
E para lembrar os homens de sua pequenez.
Da imensa distância que estão daquilo que sempre os fascinou.
Distância maior ainda da compreensão da magnitude e do propósito da vida e tudo que os cerca.
Mas naquela noite, não pensavam em mais nada, a não ser na beleza estonteante do Luzeiro, a nossa querida Irmã Lua, que se deixa ver sem ferir os olhos e ilumina com majestoso brilho.
Quem viu, jamais esquece e dá testemunho.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Aquelas Conversas
Entre recibos, ingressos, cartões, notas e moedas, embalagens vazias e potes sujos, busco aquela caneta bic preta velha que achei acidentalmente um dia para escrever.
Sinto falta daquelas nossas conversas existenciais.
O dia passa rápido e agitado.
À noite, tédio sem fim.
Não por falta do que fazer, mas por falta de vontade de fazê-lo.
De dia não sobra tempo para por as ideias no lugar.
À noite, a cabeça parece que fica vazia. Apenas acompanha o ritmo das músicas setentistas que ouço.
Sinto falta daquelas nossas conversas estranhas de manhã.
De questionar a mim e a você existencialmente.
Você não é só uma. São as várias faces que a tecnologia me apresentou.
Faces que dificilmente verei ao vivo e a cores.
Mas que guardo com carinho na bagunça organizada que são minha mente e meu coração.
Tal como meu quarto, em meio a tanta tralha, sempre sei em que montinho está o que procuro.
O problema é que nunca acho quando preciso sair e já estou atrasado.
Preciso lavar roupa, limpar o quarto, adiantar os trabalhos.
Ao invés disso, escrevo sobre nada, querendo sua companhia virtual para me tirar do tédio em que eu mesmo me meti.
E agora, enquanto a música e o espaço na folha acabam, me despeço. Ansiando que durma cos anjo e que amanhã possamos ter mais uma daquelas nossas conversas existenciais.
Sinto falta daquelas nossas conversas existenciais.
O dia passa rápido e agitado.
À noite, tédio sem fim.
Não por falta do que fazer, mas por falta de vontade de fazê-lo.
De dia não sobra tempo para por as ideias no lugar.
À noite, a cabeça parece que fica vazia. Apenas acompanha o ritmo das músicas setentistas que ouço.
Sinto falta daquelas nossas conversas estranhas de manhã.
De questionar a mim e a você existencialmente.
Você não é só uma. São as várias faces que a tecnologia me apresentou.
Faces que dificilmente verei ao vivo e a cores.
Mas que guardo com carinho na bagunça organizada que são minha mente e meu coração.
Tal como meu quarto, em meio a tanta tralha, sempre sei em que montinho está o que procuro.
O problema é que nunca acho quando preciso sair e já estou atrasado.
Preciso lavar roupa, limpar o quarto, adiantar os trabalhos.
Ao invés disso, escrevo sobre nada, querendo sua companhia virtual para me tirar do tédio em que eu mesmo me meti.
E agora, enquanto a música e o espaço na folha acabam, me despeço. Ansiando que durma cos anjo e que amanhã possamos ter mais uma daquelas nossas conversas existenciais.
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