tag:blogger.com,1999:blog-47619437016723045252024-03-12T19:26:55.859-03:00Casa EncantadaNesse Rock estamos todos juntos.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-60562159544938145692014-04-23T02:11:00.003-03:002014-04-23T02:11:31.867-03:00gases mentais<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">queria só</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">comer pipoca, cachorro quente e coca-cola</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">tomar cerveja, leite e bolacha</span></div>
<div class="p2">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">não te quero mal</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">mas refrigerante não vem em lata de metal</span></div>
<div class="p2">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">figurinhas colam-se sozinhas</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">tal como, com umidade, aquela colinha</span></div>
<div class="p2">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">queria tão</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">muito pouco só isso aí</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">e um pouco demais daquilo lá</span></div>
<div class="p2">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">te quero sempre bem</span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">mas nem vem que não tem</span></div>
<div class="p2">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">adesivos tem cola</span></div>
<br />
<div class="p1">
<span style="font-family: inherit;">mas já saí da escola</span></div>
Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-33177652471560224032014-01-17T04:19:00.002-02:002014-01-17T04:19:52.588-02:00fckn rolesInterpreto tantos papeis, facetas de mim<br />
que quando estou só <br />
não sei se falo comigo mesmo<br />
ou com algum de meus personagens.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-12523644502147591262013-05-17T02:23:00.004-03:002013-05-17T02:27:53.788-03:00Colo, cafuné e cosquinha.<br />
E cá estou eu embriagado em nostalgia mais uma vez .<br />
Desta vez não aquela boba de um tempo que não vivi.<br />
Mas de um tempo que vivi e passou mais rápido do que pude me dar conta.<br />
Sinto falta de colos e cafunés.<br />
Daqueles divididos com os amigos que nem mesmo o tempo e sua passagem avassaladora levará.<br />
Sinto falta do sol agradável do Vale me aquecendo a face<br />
Enquanto uma mão amiga brincava em meu cabelo.<br />
Sinto falta da música distorcida tocando enquanto entre risadas e cócegas recarregávamos as energias.<br />
Sinto falta da bobeira que reinava mesmo em momentos mais sérios.<br />
Sinto falta de tanta coisa...<br />
Mas devo olhar pro agora e perceber que o tempo é propício para outras formas de amor.<br />
Devo olhar para frente para perceber que outros bons tempos virão.<br />
Mas que aquele tempo e aquele amor me fazem uma falta que dói de um jeito difícil de descrever, fazem.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-32034498990929098662013-02-08T03:02:00.000-02:002013-02-08T04:33:48.898-02:00Não<br />
Não consigo dizer não na hora em que quero.<br />
Consigo na hora em que não quero.<br />
Será que consigo dizer não nas horas que devo?<br />
Duvido um pouco.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-65947588593525655532013-02-07T02:55:00.003-02:002013-02-07T02:55:33.618-02:00Primeira e única<br />
Acho que é amor.<br />
Aprendi a chamar isso de amor.<br />
Te quero feliz mais que tudo.<br />
Te quero mais que a qualquer um.<br />
Mas a distância nos afasta.<br />
O tempo parece que não passa nos meses e anos que não nos vemos.<br />
Sinto falta de conversar, desabafar brincar.<br />
Queria que nossas conversas fossem mais frequentes.<br />
Mas cada uma delas é muito preciosa e efêmera.<br />
Me apaixonei sem querer.<br />
E nunca esqueci.<br />
Aceito a distância.<br />
Aceito não te ter.<br />
Mas ainda te quero mais que a qualquer um.<br />
O cérebro me faz quase te esquecer.<br />
Mas o coração se agita sempre que a gente se vê.<br />
Só você despetrifica o coração que se gelou para paixões.<br />
Passe o tempo que for. As pessoas que forem. Você sempre será única.<br />
E algum dia, com quarenta anos.<br />
Ainda vamos nos encontrar.<br />
E nos casar.<br />
Ou quase isso.<br />
Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-50171112388832461532013-01-06T05:05:00.000-02:002013-01-06T05:10:28.561-02:00Noturno<br />
Me agito muito nesse calor<br />
E não aguento mais o som do ventilador<br />
Me persegue essa noturna melancolia<br />
E de um tempo que não vivi<br />
Me encho de nostalgia<br />
<br />
Te imagino nessa madrugada<br />
Com a mente muito agitada<br />
E no meio da fumaça<br />
De vinho enches mais uma taça<br />
<br />
E deste meu copo já suado<br />
Me sirvo de um longo gole<br />
A nós, seres da noite<br />
Este brinde é dedicado.<br />
<br />
Apesar de não estarmos perto<br />
Na escuridão estamos despertos<br />
Através da noite somos irmãos<br />
E dadas estão as nossas mãosNico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-68115207385750398022012-12-17T23:55:00.002-02:002012-12-18T00:00:26.192-02:00Pharmakeia Vitium Antonio desde pequeno adorava ir às compras. Mas, não era desses que gostava de shopping center ou supermercado. Toni, como era chamado pela família, gostava de farmácias. O visual claro, branco, bem iluminado o agradava muito. Ficava fascinado com os diferentes formatos e cores dos produtos com as mais diversas utilidades.<br />
Certa vez, depois de tanto insistir, convenceu sua mãe a trocar seu Tylenol pela versão genérica do medicamento. Tudo porque via a propaganda de genéricos na televisão. A imensa letra G preta estampada contra a tarja amarela na caixa do remédio chamava mais a atenção do pequeno Toni que qualquer animal fazendo sinal de positivo na embalagem de algum cereal.<br />
Enquanto seus amiguinhos da escola aprenderam a ler com gibis da Turma da Mônica, Toni lia bulas de medicamentos, embalagens de xampus, cremes e outros produtos vendidos na farmácia que tinham em sua casa. O pobre garoto ficava extremamente frustrado quando procurava palavras como <i>Distearyldimonium Chloride</i> no dicionário e não encontrava nada.<br />
O tempo passou e, por não se achar digno da função, não fez faculdade de farmácia. Estudou informática. O primeiro pagamento que recebeu por formatar o computador de seu tio foi gasto na farmácia. Comprou espuma de barbear, Rinosoro, algumas pastilhas para a garganta e um pacote de camisinhas que nunca foi aberto. Com o tempo, suas compras foram ficando cada vez mais sem nexo, propósito e utilidade. Numa mesma ida à farmácia comprou lubrificante íntimo, tinta para o cabelo e remédios para a indigestão. Seu pequeno apartamento já não comportava mais tantos produtos. Toni até passou a falsificar receitas para comprar medicamentos mais pesados.<br />
Até que chegou a um ponto em que esquecia de comprar comida e pagar as contas para comprar qualquer coisa que fosse em alguma farmácia próxima. Foi ficando recluso e ninguém mais teve notícias dele, exceto os funcionários das farmácias que ele frequentava. Começou a tomar o primeiro remédio que via pela frente sempre que sentia fome. Logo começou a perceber as diferenças dos gostos de cada um.<br />
Antonio morreu sozinho, desnutrido, mas feliz. Os anti-depressivos eram seu prato favorito.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-86150851483196706732012-12-11T16:55:00.000-02:002012-12-11T16:55:02.805-02:00Estalos e ContornosO fim do ano se aproxima. Talvez até o fim dos tempos.<div>
Mas, para mim é só o início.</div>
<div>
Desço as escadas que têm cheiro de urina e me sento. </div>
<div>
O calor da chama do isqueiro aquece minhas mãos e a ponta do nariz.</div>
<div>
Acendo o último cigarro de um dia bom.</div>
<div>
Ouço os estalos do tabaco, do papel e das inúmeras substâncias tóxicas se queimando.</div>
<div>
Passa um curta-metragem em minha mente. Aqueles momentos que passaram há tempo suficiente de se ter saudade, mas ainda não tanto a ponto de parecerem distantes vêem à tona na lembrança.</div>
<div>
Fumo mais este último cigarro como uma ode ao tempo que passou tão rapidamente e ao que vêm chegando, já delineando seus contornos.</div>
<div>
Solto os às vezes longos, às vezes curtos tragos com a esperança de que esses contornos se tornem um belo quadro que vou admirar com alegria depois de se passarem anos de sua conclusão.</div>
<div>
Junto da pressão arterial, caem as preocupações. </div>
<div>
Subo o morro alegre, pensando em textos e ideias, assim como cresce a esperança de que o que vem é bom. </div>
<div>
Me deito e não me atormento com ideias erradas. Ao menos essa noite, apesar do calor, dormirei sozinho e tranquilo. </div>
Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-21474891070649167812012-12-09T22:39:00.001-02:002012-12-09T22:40:50.794-02:00A Mentira OriginalPobre serpente. Eternamente culpada pelo pecado original da humanidade, quando o verdadeiro culpado vaga livremente por aí ainda incomodando e transmitindo doenças.<br />
Como a serpente faria com que Eva comesse a maçã? Ela não tem elementos persuasivos para isso.<br />
Já o pernilongo, com seu zumbido incessante e algumas picadas, tinha a ferramenta de tortura perfeita.<br />
A mulher, não conhecia o pecado. Não mataria o torturador, que continuava zunindo e falando para que ela ignorasse a ordem de não comer do fruto daquela árvore.<br />
Zzzzum zzzzummm zzuummm, uma picada aqui, outra ali, zzzzzzummm, zzzzzuumm...<br />
"TÁ, CHEGA! Como um pedaço desta maçã e você para com isso!"<br />
Mal Eva deu a mordida, o pernilongo já foi fofocar para o Todo-Poderoso que a culpa era da serpente.<br />
Adão, depois de comer a maçã, também acreditou na versão do pernilongo. Eva, sem moral por ter burlado a única regra que lhe foi dada, não foi ouvida, e o pernilongo saiu ileso. E continua se fartando do sangue pecador dos humanos.<br />
E a pobre serpente, virou sinal de coisa ruim, de fofoca, de inveja e tudo mais. Criatura maldita? Coitada!<br />
Ah, como ela queria que o mundo soubesse da verdade.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-44951440372411601292012-11-16T19:55:00.000-02:002012-11-16T19:55:38.406-02:00Get your motor running<br />
Jaquetas. Capacetes. Primeira marcha. Acelerar. Soltar embreagem. Acelerar. Trocar de marcha. Frio na barriga. Acelerar. Vento. Trânsito. Desacelerar. Seta. Curva. Acelerar. Empolgação. Desacelerar. Virar. Recomeçar. Acelerar. Empolgação. Troca de Marcha. Desacelerar. Curva. Trânsito. Aviso. Areia. Chão. Sangue. Preocupação. Nada grave. Retornar. Casa. Curativo.<br />
<b>O primeiro tombo a gente nunca esquece.</b><br />
Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-3340341733346234402012-10-23T22:03:00.004-02:002012-10-23T22:03:58.969-02:00Presentérito ImperfeitoO que eu mais queria agora<br />
Era o frio.<br />
Pra poder dormir como se deve:<br />
Enrolado no edredom.<br />
Ou pelo menos um ventilador que funcione<br />
E não me faça ter que dormir de janela aberta,<br />
entregue aos pernilongos.<br />
<br />
Queria ser mais organizado.<br />
Não gastar dinheiro à toa.<br />
Me alimentar direito.<br />
E fazer as coisas antes do prazo limite.<br />
Mas, se assim fosse, não seria eu.<br />
E aí, qual seria a graça?Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-80095572354788218362012-10-20T22:56:00.000-03:002012-10-20T22:56:51.017-03:00Ode ao [kʼ]casa quatis<br />
caqui caçada<br />
coma quartas<br />
quero cachaça<br />
quiabo quadril<br />
conta casamento<br />
quitar coral carmo<br />
começar canto carta<br />
continuar quente<br />
queimada cáqui<br />
quociente corta<br />
quimera costas<br />
caco comida<br />
coisa quadrado<br />
criação quântico que<br />
comer quintal coito<br />
<br />Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-12225270797073828052012-10-13T12:16:00.001-03:002012-10-24T01:55:37.889-02:00O Luzeiro da NoiteForam feitos dois grandes luzeiros no Céu.<br />
Um maior para reinar o Dia<br />
E um menor para reinar a Noite.<br />
Mas, o menor insiste em, por vezes, dar as caras durante o domínio do maior.<br />
<br />
Certa noite, o menor brilhou tanto que chegou a ofuscar algumas estrelas que o cercavam.<br />
Revestiu a terra e os mares de prateado.<br />
Fez desnecessários os pequenos luzeiros que a ciência dos homens desenvolveu.<br />
Fazia uma sombra curta e dura sob os pés de quem passasse sob ele por volta da metade do seu período de domínio.<br />
<br />
Naquela noite, reinou soberano.<br />
E fez os homens ficarem estupefatos e tentarem fazer registros eletrônicos de sua grandeza.<br />
E assim o fizeram para mostrar a quem quisesse ver, todo o esplendor do Luzeiro Menor.<br />
E para lembrar os homens de sua pequenez.<br />
Da imensa distância que estão daquilo que sempre os fascinou.<br />
Distância maior ainda da compreensão da magnitude e do propósito da vida e tudo que os cerca.<br />
<br />
Mas naquela noite, não pensavam em mais nada, a não ser na beleza estonteante do Luzeiro, a nossa querida Irmã Lua, que se deixa ver sem ferir os olhos e ilumina com majestoso brilho.<br />
Quem viu, jamais esquece e dá testemunho.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-35259776981436816372012-10-02T22:32:00.001-03:002012-10-02T22:39:29.853-03:00Aquelas ConversasEntre recibos, ingressos, cartões, notas e moedas, embalagens vazias e potes sujos, busco aquela caneta bic preta velha que achei acidentalmente um dia para escrever.<br />
Sinto falta daquelas nossas conversas existenciais.<br />
O dia passa rápido e agitado.<br />
À noite, tédio sem fim.<br />
Não por falta do que fazer, mas por falta de vontade de fazê-lo.<br />
De dia não sobra tempo para por as ideias no lugar.<br />
À noite, a cabeça parece que fica vazia. Apenas acompanha o ritmo das músicas setentistas que ouço.<br />
Sinto falta daquelas nossas conversas estranhas de manhã.<br />
De questionar a mim e a você existencialmente.<br />
Você não é só uma. São as várias faces que a tecnologia me apresentou.<br />
Faces que dificilmente verei ao vivo e a cores.<br />
Mas que guardo com carinho na bagunça organizada que são minha mente e meu coração.<br />
Tal como meu quarto, em meio a tanta tralha, sempre sei em que montinho está o que procuro.<br />
O problema é que nunca acho quando preciso sair e já estou atrasado.<br />
Preciso lavar roupa, limpar o quarto, adiantar os trabalhos.<br />
Ao invés disso, escrevo sobre nada, querendo sua companhia virtual para me tirar do tédio em que eu mesmo me meti.<br />
E agora, enquanto a música e o espaço na folha acabam, me despeço. Ansiando que durma cos anjo e que amanhã possamos ter mais uma daquelas nossas conversas existenciais.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-74293228175088164932012-09-27T14:00:00.000-03:002012-09-27T14:02:13.539-03:00A descoberta do Casarão RosaEra uma vez, um conjunto de <span style="color: #f1c232;"><b>Prédios Amarelos</b></span>. Não tão velhos, mas mal-acabados. Os jovens mais maluquinhos da cidade para lá eram mandados e mantidos ocupados. Mas, como todos eram maluquinhos, ser assim era normal. Depois de alguns anos, eles se formavam na maluquice e eram estimulados a irem para lugares onde haviam malucos parecidos com eles em suas maluquices.<br />
Uma vez, um deles foi para o <span style="color: #ea9999;"><b>Casarão Rosa</b></span>. Lá, havia malucos vindos de todos os cantos, com maluquices que combinavam com a dele.<br />
No <b><span style="color: #ea9999;">Casarão Rosa</span></b>, a maluquice parecia mais contagiosa que gripe. Mesmo quem chegava não sendo tão maluco assim, acabava ficando meio maluquinho depois de um tempo.<br />
Então, aquele maluquinho, que foi dos<span style="color: #f1c232;"><b> Prédios Amarelos</b></span> para o<b><span style="color: #ea9999;"> Casarão Rosa</span></b> descobriu que ser maluco era mais comum do que as pessoas normais faziam parecer. E que a maluquice era a melhor forma de se prevenir da <b>Loucura</b>.<br />
E os ditos normais estavam ficando cada vez mais loucos.<br />
E os malucos é que eram felizes.<br />
E viveram felizes para sempre.<br />
Fim.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-23946108821171808422012-09-26T21:35:00.003-03:002012-09-26T21:35:33.239-03:00A PosseMEU namorado<br />
MEU amor<br />
MINHA filha<br />
MINHA família<br />
MEU emprego<br />
MINHA faculdade<br />
MEU professor<br />
MINHA sala<br />
MEU quarto<br />
MINHA música<br />
MEU texto<br />
MINHA vida<br />
Quando as pessoas vão entender<br />
que não se possui nada?<br />
Que nem ao que lhes diz respeito<br />
se tem posse?<br />
<u><b>Meu</b></u>, nem o futuro é.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4761943701672304525.post-35982795250560707272012-09-26T20:58:00.002-03:002012-10-04T01:23:36.787-03:00Quem ligou o ar-condicionado?Não faz frio no Rio. É 'Rio 50 graus' (porque 40 é pouco) em pleno inverno.<br />
Mas, num dia de primavera, alguém ligou o ar-condicionado em cima da cidade e seus arredores.<br />
E com vento gelado direcional.<br />
Parecia que o Rio tinha se travestido de São Paulo.<br />
Tudo cinza e chuvoso.<br />
As pessoas andavam apressadas, olhando para baixo e carregando guarda-chuvas.<br />
A diferença é que os homens não andavam com jaquetas de couro ou sobretudos, mas com algumas camisas sobrepostas.<br />
As mulheres, antes de sair de casa, procuraram seus lenços e casacos perdidos no fundo do armário.<br />
Não me leve a mal. Amo São Paulo e seu cinza.<br />
Mas isso não combina com o Rio.<br />
<br />
No fim da tarde, não tinha nenhuma churrasqueira acesa na esquina.<br />
Poucos eram os que enfrentavam o vento de cabeça erguida.<br />
Ao menos, à noite, quase todos estariam no aconchego de seus lares.<br />
Era noite de futebol.<br />
E mesmo quem não gosta, se meteria nas cobertas e brincaria de inverno, enquanto, secretamente, torcia para que no dia seguinte, desligassem o ar-condicionado<br />
e o Rio fosse de Janeiro outra vez.Nico Bragahttp://www.blogger.com/profile/16724693083249282021noreply@blogger.com0